quarta-feira, 24 de junho de 2009

Partida

Despediu-se dos pais, dos avós, dos amigos. Da terra, dos pássaros e dos paralelepípedos. Reteve fortemente cada lágrima que batia em seus olhos. Tinha que ser forte, ao menos fingir. Entrou no ônibus e tentou pensar outros pensamentos. Futebol, política... nada. Era impossível tentar esconder a tristeza da partida.

Mas algo chamou a atenção.

Acontecia de novo. O ar, os galhos, os pássaros e até as casas cujas boas-vindas outrora o deram, pareciam agora despedirem-se dele. A sinfonia de cores - regida pelas mesmas nuvens pomposas do início - tornaram-no, neste momento, depressivo.

"Deus é irônico...". E o cansaço chegou, fazendo a poltrona virar cama novamente.


Nenhum comentário: